No dia-a-dia, conceitos básicos de física (como força, aceleração e pressão) não causam tanto espanto, nem soam absurdos. Quando mudamos para outros cenários, porém, as regras mudam: no mundo subatômico, por exemplo, partículas podem estar em dois lugares ao mesmo tempo, e só o fato de observá-las já altera seu estado; buracos negros podem conter a massa de uma estrela condensada em um único ponto; e para um objeto viajando à velocidade da luz, o tempo passa mais devagar.
Confira a seguir estas e outras ideias que fogem do que nós consideramos “normal” – mas que não causam tanto espanto em cientistas da área..
1 – RELATIVIDADE
O termo se refere a duas das mais famosas teorias da física, ambas propostas por Albert Einstein. Na primeira, divulgada em 1906, o físico demonstrou, por meio de uma série de cálculos, que a velocidade da luz é a maior que pode ser atingida por um corpo. Outra ideia defendida por Einstein foi a de que o tempo pode passar mais devagar (ou mais rápido) conforme a velocidade do observador.
Em 1916, ele publicou uma versão expandida dessas ideias, chamada de Teoria Geral da Relatividade. Desta vez, ele abordou também a questão da gravidade, que, segundo ele, seria uma distorção do espaço-tempo causada por objetos massivos. Essa teoria também prevê a existência dos estranhos buracos negros e ajuda a compreender a distorção sofrida pela luz ao atravessar galáxias (causada pela grande força gravitacional desses objetos).
2 – MECÂNICA QUÂNTICA
Átomos, todo mundo sabe, são extremamente pequenos. Partículas como prótons e elétrons, por sua vez, são ainda menores, tão pequenas que, em seu “mundo”, prevalece a Mecânica Quântica – proposta no começo do século 20.
Na escala subatômica, as partículas podem se comportar como ondas e podem estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. É na Mecânica Quântica que estão outros conceitos curiosos, como “emaranhamento” e o “Princípio da Incerteza”.
3 – TEORIA DAS CORDAS
Essa teoria (que, por sinal, é estudada pelo personagem Sheldon Cooper, do seriado The Big Bang Theory) sugere que partículas não são pequenos pontos, mas dobras em objetos unidimensionais similares a cordas. A diferença entre as partículas seria a frequência com que as cordas vibram.
A Teoria das Cordas é uma tentativa de conciliar a Física Quântica e a Teoria Geral da Relatividade, além de uma possível base para a hipotética “Teoria do Tudo”, que, supostamente, será capaz de unir todos os conceitos físicos e explicar o universo.
4 – SINGULARIDADE
Na física, o termo se refere a um ponto em que tempo e espaço estão
infinitamente curvados. Acredita-se que existem singularidades no centro
de buracosnegros
(dentro dos quais, por exemplo, a massa de uma estrela pode estar
condensada em uma região minúscula, ou mesmo em um único ponto)
e, ainda, que o próprio Big Bang teria começado a partir de uma.
infinitamente curvados. Acredita-se que existem singularidades no centro
de buracosnegros
(dentro dos quais, por exemplo, a massa de uma estrela pode estar
condensada em uma região minúscula, ou mesmo em um único ponto)
e, ainda, que o próprio Big Bang teria começado a partir de uma.
5 – PRINCÍPIO DA INCERTEZA
Formulado em 1927 pelo físico alemão Werner Heisenberg,
o princípio seria uma das consequências da Mecânica Quântica
e se refere à precisão máxima em que seria possível medir a
localização e a velocidade de uma partícula subatômica.
o princípio seria uma das consequências da Mecânica Quântica
e se refere à precisão máxima em que seria possível medir a
localização e a velocidade de uma partícula subatômica.
Há dois fatores por trás da incerteza apontada pelo princípio:
o primeiro é o de que a simples medição de algo (no caso, uma partícula)
já afeta este objeto; o segundo é o fato de que o mundo quântico não
é “concreto”, mas baseado em probabilidades, dificultando a medição
do estado de uma partícula.
o primeiro é o de que a simples medição de algo (no caso, uma partícula)
já afeta este objeto; o segundo é o fato de que o mundo quântico não
é “concreto”, mas baseado em probabilidades, dificultando a medição
do estado de uma partícula.
6 – GATO DE SCHRÖDINGER
Esse termo se refere a uma experiência teórica imaginada pelo
físico austríaco Erwin
Schrödinger em 1935, que demonstraria o quão estranha era a
incerteza por trás da Mecânica Quântica.
Schrödinger propôs que se imaginasse um gato, preso em uma
caixa junto com material radioativo. No experimento, haveria 50%
de chance de que o material se deteriorasse, emitindo radiação e
matando o gato, e 50% de chance de que o material não emitisse
radiação e que o gato sobrevivesse.
De acordo com a física clássica, um desses cenários obrigatoriamente
se tornaria realidade e poderia ser observado quando alguém abrisse
a caixa. De acordo com a Mecânica Quântica, contudo, o gato não
estaria nem vivo nem morto até que alguém abrisse a caixa e
observasse (medindo e, portanto, afetando a situação).
7 – EMARANHAMENTO
É um dos fenômenos mais conhecidos da Mecânica Quântica,
no qual duas partículas, mesmo quando separadas por uma
enorme distância, são afetadas mutuamente – ou seja, se uma
se move, a outra se move na mesma direção.
O conceito perturbou o próprio Albert Einstein, que o chamou de
“assombrosa ação a distância”. O emaranhamento já foi induzido
em experimentos e cientistas esperam, algum dia, poder aproveitá-lo
para criar computadores supervelozes.
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